sexta-feira, 3 de junho de 2011

Com 'touchscreen' e duas alavancas, Uncharted é um jogo dos grandes na telinha do NGP



Uncharted Golden Abyss é o melhor motivo, mas com certeza não o único, para comprar o próximo portátil da Sony – que ainda carrega o codinome NGP, apesar de novos rumores.
É um jogo que você esperaria ver em um console, mas sem economia de recursos ou outras desculpinhas em nome da “limitação portátil”. É por jogos assim que você vai carregar por aí um aparelho feito para games (NGP) e não somente um gadget que é capaz de rodar games (smartphones).
Eu conheci Uncharted Golden Abyss em um evento dedicado ao NGP em maio, e ele me convenceu de uma vez por todas da importância de portáteis com duas alavancas analógicas.
Quando nosso correspondente no Japão, Brian Ashcraft, testou Uncharted no NGP, tratava-se apenas de uma demo técnica, revelou Scott Rohde, VP da Sony Worldwide Studios, durante o evento da semana passada. Desde aquela versão, muita coisa mudou nessas aventuras portáteis de Drake.
Scott diz que Golden Abyss é um Uncharted totalmente novo, com uma história que se passa antes de Drake’s Fortune. Mas não é um prelúdio dos outros jogos, é uma história independente que vai ser contada com mais de duas horas de “cutscenes”.
A versão de NGP foi criada com as mesmas técnicas de captura de movimento usadas em Uncharted 2 e 3. O portátil ainda permite iluminação em tempo real e o uso de “shaders” avançados. O visual é incrível, impressionante. Mas a equipe do Bend Studio garante que também se preocupou com a história e as mecânicas de jogo.
E isso é bom, porque o NGP tem alguns recursos únicos. Além das duas gloriosas alavancas analógicas, ele tem uma tela sensível ao toque na parte da frente, um painel sensível ao toque na parte traseira e ainda pode detectar movimentos.

Escalando com Drake

Estamos no que restou do Templo das Serpentes, numa floresta, e Drake se aproxima de um guarda que está à beira de um rochedo. Surge na tela, próximo às alavancas, um menu com ícones e botões. Com um toque na tela você pode derrubar o inimigo, com outro você pode trocar armas e pegar itens.
Depois vemos nosso herói escalando um paredão. Se você inclinar o portátil, Drake se inclina em direção à parede oposta, preparando-se para pular. Dê um toque na tela e ele pula, agarrando nas beiradas do paredão, como é tradição na série. A seguir, você pode deslizar seus dedos pela tela para fazer Drake cruzar uma espécie de “trepa-trepa” de madeira.
A boa notícia? Você não é obrigado a usar a tela sensível ao toque, ela é opcional. Uma notícia melhor ainda? Você vai querer usá-la, porque ela funciona muito bem.
Enquanto Rohde continua explicando, Drake escala até chegar por baixo de outro inimigo – um tapa na tela, e o guardinha cai no precipício. Minutos depois, Drake chega por trás de outro guarda, e um toque na tela resulta numamorte silenciosa.

Mão na massa

Mas eu também tenho a chance de jogar. O NGP fica grande em minhas mãos, mais grosso do que eu esperava. Mas supero isso quando olho para a telinha brilhante de OLED 5 polegadas. Segundo Rohde, o NGP tem quatro vezes a resolução do PSP, e esse Uncharted gera 260 mil polígonos por quadro (frame). Então logo estou de volta ao velho hábito de levar Drake por florestas em uma aventura por recompensas ainda desconhecidas.
Vejo um homem perto das ruínas de um templo. Agacho atrás de um muro baixo, uso as alavancas para mirar e disparo alguns headshots. O controle não falha. Ele não apenas lembra o controle do PS3, mas é bem provável que seja tão preciso quanto.
A movimentação e os disparos são naturais. Eu alterno entre buscar cobertura e correr para outra posição enquanto atiro contra inimigos que passam a responder na mesma moeda. Mas nada disso é difícil, nada atrapalha a mira. E então surgem as boas novas. Com a tela sensível ao toque, lançar granadas é o maior prazer do mundo. Basta selecionar a granada, clicar e arrastar na tela até onde você quer que Drake lance o explosivo.
Já os tiros de sniper exigem mais concentração, pois a mira no modo “zoom” é feita com a movimentação do portátil. Mas parece ser um equilíbrio justo entre esforço e recompensa.
É claro que Uncharted Golden Abyss não é um jogo de tiro em primeira pessoa, então ele não vai ser o teste idealdas tão sonhadas alavancas analógicas do NGP. Isso vai ficar para um Battlefield ou um Call of Duty, jogos que exigem movimentação e tiroteios suficientes para provar o que nós, jogadores, vínhamos dizendo há anos: jogos de tiro simplesmente não funcionam com uma alavanca só.

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