quarta-feira, 13 de julho de 2011

O que você ainda não sabia sobre Dead Island


O site VG 247 teve acesso exclusivo a uma versão beta de Dead Island com os produtores da Techland, empresa responsável pelo desenvolvimento do título em questão, e o Game Generation traz agora um resumo dessa matéria que revelou novidades muito interessantes sobre o game, cujo lançamento está marcado para o mês de setembro.


O que você ainda não sabia sobre Dead Island

Em Dead Island, obviamente você terá que buscar a sobrevivência a todo custo em meio a um ataque incessante de zumbis em um resort paradisíaco, como divulgado nos trailers sobre o game. No entanto, o que ainda não se tinha conhecimento é que o fato de você enfrentar aquelas criaturas medonhas na ilha fictícia Banoi Island resultará nos famigerados pontos de experiência. A mecânica da progressão da experiência, sempre presente nos jogos de RPG, será um ponto-chave nesta aventura.

Ao matar os zumbis, você receberá XP (experience points) dependendo de como exterminá-los e isso irá influenciar de forma direta nas habilidades do personagem que você estiver controlando. A pontaria, os arremessos e o lock-picking (a capacidade de abrir portas sem a posse de chaves), além da eficácia e da brutalidade dos golpes especiais foram os atributos que estavam entre os primeiros exemplos de tudo o que podia ser aprimorado. Tais elementos mostram que Dead Island, que até então não apresentava nenhuma diferença dos demais jogos FPS, procura se mostrar como uma alternativa que se preocupa em oferecer um produto mais denso e caprichado nos mínimos detalhes.

O modo de jogo que esteve à disposição dos membros do VG 247 correspondia a um multiplayer cooperativo para até 4 pessoas e que oferecia 4 personagens jogáveis diferentes: Sam B, um ex-rapper e o dono da melhor forma física; Xian Mei, uma funcionária do resort que escapou da desgraça, que se mostra uma mulher bela, assassina e vaidosa, por não abandonar o salto alto mesmo em um cenário de catástrofe; Logan, um ex-jogador de futebol americano que tem uma habilidade exímia em arremessar tudo o que vier às próprias mãos, e Purna, uma mulher cuja história ainda não foi revelada, mas que prova ser a personagem com melhor domínio de armas de fogo entre todos.

A escolha do jogador determina como você irá agir em meio aos conflitos. Por ser o mais forte de todos e ter músculos de sobra, Sam B irá atrair a atenção dos zumbis muito mais do que os outros companheiros. Os monstrengos tenderão a atacá-lo e você pode aproveitar este fato para criar ciladas e favorecer a ação dos demais personagens. A partir deste fato, percebe-se que Dead Island irá proporcionar estratégias diversas de combate e de trabalho de equipe.

Outro ponto que chama a atenção no game é a possibilidade de customização das armas. Haverá insurgentes dos quais você poderá comprar os itens para incrementá-las e algumas poderão até ser fabricadas ao combiná-los. “Quando você criar uma nova arma você terá as estatísticas da arma padrão além de ícones que indicarão as propriedades especiais que ela possa ter”, explicou Peter Brolly, diretor de marca da Deep Silver, distribuidora do game em questão. “Assim, por exemplo, se você colou uma bateria com a ajuda de uma fita em um machado, é possível que ele dê choques nos inimigos e se você colocar pregos em um taco de baseball, ele vai fazer os oponentes sangrarem e o dano causado após o golpe será maior por um instante de tempo”.

Contudo, não espere por ter todas as alternativas para destruir os zumbis a qualquer momento. “Haverá também um limite do número de armas que você poderá portar”, avisou Brolly. “Não queremos que as pessoas corram pelo jogo com carrinhos de compra cheios de armas!”

Outro quesito muito relevante para o jogo é o combate corpo-a-corpo. Será possível escolher que parte do inimigo você irá atingir. A princípio, o sistema parecia ser complicado de ser utilizado, além de sem sentido para existir, já que os jogos em que você enfrenta zumbis ensinaram uma lição muito importante: mate esses seres asquerosos arrancando as cabeças ou destrua o cérebro deles. Só que essa possibilidade é mais um elemento que agrega o jogo de maneira estratégica em Dead Island, pois haverá diferentes classes de inimigos e alguns deles deverão ser combatidos com golpes que vão além das tentativas de decapitação.

A classe “The Thug” apresenta zumbis com braços longos que ficam desferindo ataques o tempo todo e isso dificulta a aproximação para um combate mano a mano. Já os “Rams” possuem uma armadura robusta e só sofrem dano quando atacados pelas costas. Desta forma, mais importante do que fazer cabeças rolarem, será visar o ataque a essas partes do corpo citadas antes para depois liquidar esses dois tipos de mortos-vivos.

O último atributo descoberto pela equipe do VG 247 e não revelado previamente foi a presença de missões secundárias durante o desenrolar da narrativa. Será possível que você desvie dos objetivos principais e ajude outras pessoas que estejam fugindo dos zumbis ou combatendo-os. Dentre os exemplos, estarão grupos de indivíduos que você poderá salvá-los, atender ao pedido de um homem para espalhar cartazes com a foto da mulher que se perdeu em meio ao caos ou tentar recuperar a insulina de um sobrevivente diábetico, além de muitos outros casos a serem conferidos na versão final.

Gerenciando a expectativa dos gamers

Após todo o buzz gerado pelo trailer de Dead Island, o qual inclusive foi premiado como um dos melhores comerciais de Internet de 2011 pelo respeitadíssimo Festival de Criatividade Cannes Lions, o maior festival mundial da publicidade, um dos pontos levantados durante a exclusiva do VG 247 aos produtores foi se o jogo iria conseguir manter o mesmo nível de qualidade do trailer, oferecendo uma experiência tão emocionante como a prévia, de forma a não frustrar os jogadores. A resposta de Peter Brolly se encontra reproduzida abaixo:

“Nós tentamos construir a atmosfera do game e mostrar com o ataque àquela família que ninguém estará seguro diante de um ataque de zumbis. Mas haverá momentos do jogo em que faremos com que a narrativa impacte o jogador de maneira emocional, seja em meio à história principal ou às missões secundárias. Por exemplo, haverá um homem que pedirá para que você mate a própria esposa e filha porque elas viraram zumbis ou um indivíduo em um trailer ajoelhado e aos prantos porque teve de matar a própria família. Assim, nós definitivamente visamos uma comoção com parte da narrativa”.

A expectativa acerca de Dead Island é que o game consiga acertar em cheio com as surpresas reveladas sobre o que diz respeito à customização e aos elementos de RPG e dosar os momentos de comoção com combates viscerais e desenfreados, de maneira que o jogo seja algo a mais do que apenas uma carnificina de zumbis do início ao fim.