domingo, 15 de fevereiro de 2015

Google e Microsoft se unem para melhorar detecção de vírus

Segurança
Até mesmo rivais da indústria de tecnologia podem se unir de vez em quando em prol de um bem maior. E quando se fala de Microsoft e Google, principalmente no campo da segurança, a informação fica ainda mais importante.
Poucas semanas após a fabricante do Windows criticar a gigante das buscas devido sua atuação na revelação de falhas de segurança no sistema operacional, as empresas se uniram agora em um projeto chamado “Trusted Source”, que quer reduzir o número de falsos positivos no uso de aplicativos.

A iniciativa é do Google e vai permitir que desenvolvedores de software incluam arquivos e outras informações em uma “lista branca”. Essas informações serão compartilhadas com os produtores de antivírus como uma relação de certificação, garantindo que tais dados nem mesmo precisem passar por análise por serem oriundos de fontes confiáveis e terem garantia de que não se tratam de processos maliciosos.

Focada principalmente no mercado de desenvolvimento, a ideia também terá impacto sobre o usuário final. De um lado, aumentam os lucros e a confiabilidade dos produtos, além de reduzir os gastos com suporte e reclamações dos clientes devido a falsos positivos. De outro, facilita a vida de quem está utilizando as soluções, já que não existirá mais a possibilidade de funções básicas dos sistemas ou softwares serem bloqueadas pela ação indevida de softwares de segurança.

Além disso, o Google acredita que o projeto será capaz de melhorar até mesmo a reputação dos desenvolvedores de antivírus, uma vez que falsos positivos normalmente são encarados com negativismo pelos usuários. A ideia geral de quem está do lado de cá da tela é que sistemas do tipo devem lutar contra as verdadeiras ameaças, e identificações equivocadas podem causar o efeito contrário, passando a impressão de que o aplicativo age aonde não deveria e deixa passar aquilo que é importante.

De acordo com o site Venture Beat, o Trusted Source é um projeto que surgiu da VirusTotal, uma empresa de antivírus online que foi adquirida pelo Google em 2012. É ela também uma das primeiras a aplicar a novidade, exibindo uma mensagem para o usuário sempre que um arquivo legítimo for identificado como malicioso – ou for alvo de uma análise específica por parte do usuário.

Atuação independente

Para a empresa, o fato da Microsoft lidar diretamente com a VirusTotal e não com o Google foi o grande ponto que permitiu a iniciativa. Mesmo sendo propriedade da gigante, a companhia atua de forma independente e, sendo assim, é ela quem lida com a fabricante do Windows, passando longe das recentes polêmicas relacionadas ao Project Zero.

Os próprios executivos de Mountain View teriam visto a parceria como positiva, uma vez que reduziria a fama do sistema operacional de ser inseguro. Ao reduzir a incidência de falsos positivos, a Microsoft também passa a aparecer menos em listas de maior incidência de identificações de malwares e melhora a própria imagem diante do público.

Agora, a VirusTotal espera contar também com a Apple em um futuro próximo. A empresa lançou recentemente uma versão Mac OS X de seu antivírus e quer em breve ter a Maçã também entre suas parceiras, reduzindo a incidência de falsos positivos também na plataforma.

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