O produtor de Battlefield 3, Patrick Bach, disse ao site Rock Paper Shotgun que “se você colocar diante do jogador uma escolha entre coisas boas ou coisas ruins, ele vai fazer as coisas ruins. Isso porque as pessoas pensam que é legal ser ‘do mal’, que elas não vão ser punidas… ”
“Em um jogo mais autêntico, se o jogador tivesse uma arma na mão e uma criança na sua frente, o que aconteceria? Bem, ele provavelmente atiraria na criança.”
E o que poderia ser uma simples piada para o jogador e fonte para certas montagens no YouTube acabaria se transformando num péssimo negócio para os desenvolvedores, a produtora e sua equipe de advogados.
“Nós seríamos responsabilizados. Temos que criar nossas experiências de forma que elas não permitam que o jogador tenha atitudes ruins”, explicou Bach.
Verdade seja dita, eu nunca notei a falta de civis nos jogos, dado o estilo bastante comum de combate de “arena”. Mas acho que eles podem aparecer em jogos de guerra, particularmente os contemporâneos. Não como alvos, mas como limites da ação.
Nos jogos, somos treinados a atirar em tudo que se move. Seria ótimo termos que restringir um pouco esse comportamento, considerando que as consequências de atirar um RPG em um apartamento do segundo andar podem ir além de simplesmente eliminar o sniper. Você pode estar matando alguns civis refugiados no prédio ao lado do atirador. Mulheres, crianças ou o cachorro da família.
Mas isso vai ficar para outro jogo, em outra ocasião. Em Battlefield o que importa é pilotar tanques, fuzilar inimigos e arremessar aviões contra alvos terrestres no multiplayer, e eu espero que continue assim.
>> Nada de atirar em civis em Battlefield 3 [Rock, Paper, Shotgun, em inglês]